Revista digital criada para discutir e desvendar a Baixada Fluminense

Edição VII


Aos leitores

Douglas Mota

Editar esta revista é trabalhoso e toma bastante tempo – bem em escassez na rotina da maioria de nós. É uma atividade voluntária, tanto da minha parte, quanto da dos artistas convidados. No entanto, a cada publicação, a sensação de dever cumprido, o retorno positivo de leitores e a ciência de ter chegado um pouquinho mais perto de cumprir o propósito desse projeto são imensamente recompensadores.

O reconhecimento nesta edição, aliás, alcançou um feito inédito. BaixadaZine será uma das laureadas pelo Prêmio Destaq Baixada 2022, que tantas vezes cobrimos. Na verdade, o prêmio teria sido entregue em abril de 2020, mas, como sabemos, o surgimento da pandemia frustrou todos os planos. Nesse intervalo, ainda perdemos um dos organizadores, o grande Rafael Diamante.

Esta edição do Destaq Baixada, realizada por Anna Diamante (publicamos um de seus contos na última edição) é um broto de esperança numa realidade que dificilmente provoca algum otimismo. A cerimônia está marcada para daqui a algumas horas (escrevo no dia 27 de maio), no Teatro Metodista, em Queimados – palco em que pisei pela última vez 11 anos atrás, em minha formatura do Ensino Médio (período em que comecei a editar um jornal estudantil e que, bem ou mal, foi a semente disto aqui).

Agradeço e parabenizo todos os artistas e outros colaboradores que cederam seus trabalhos nesses últimos cinco anos, transformando BaixadaZine num produto singular em nossa região. Sob o risco de soar clichê, afirmo: este prêmio também é de vocês.

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Nesta edição, abordamos passado, presente e futuro da mobilidade na Baixada. Resgatamos a história do transporte sobre trilhos na região, que já foi pujante. As vias férreas, porém, foram preteridas pelas estradas, e muitas mudanças estão previstas para os próximos meses e não foram devidamente expostas ao público, que merece saber. Ainda contamos com o lado humano do antigo lixão de Gramacho: uma reportagem de fôlego produzida pela Agência Pública retorna ao local em busca das histórias de quem perdeu o seu sustento com o fim do aterro sanitário. As questões urbanas também são o tema do projeto de saídas fotográficas Reinventando Cotidianos, que gerou uma exposição virtual que pode ser conferida aqui.

O elenco da edição, modéstias à parte, está impecável, com poesias de Rennan Cantuária, de Nilópolis; Kaká Freitas, de Queimados; e Marlos Degani, de Nova Iguaçu. Da capital da Baixada também são Janaina Tavares, fotógrafa responsável pela capa desta edição e articuladora do Reinventando Cotidianos, e Gabriel Fontoura, ator e fundador da Cia de Teatro Uz Outrus, que contribuiu com o conto da edição. Já de Belford Roxo é o Beto Teixeira, artista multifacetado que mostra um pouco de suas obras em desenho e assemblagem.

Boa leitura!

Índice – Edição VII

2. Poesia: “À beira do Sarapuí”, de Rennan Cantuária

3. Reportagem: Muito além da Supervia

4. Reportagem: Rodovias sob nova direção

5. Poesia: “Violência contra mulher”, de Kaká Freitas

6. Galeria: Beto Teixeira – desenho e assemblagem

7. Reportagem: Outros olhares para a cidade

8. Poesia: “Porções”, de Marlos Degani

9. Reportagem: Gramacho: a cidade do lixo parada no tempo a 30 km da praia de Copacabana

10. Galeria: Janaina Tavares – fotografia

11. Conto: “Metalinguagem”, de Gabriel Fontoura

12. Expediente

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