Recordando
Lírian Tabosa
O silêncio
Invadia uma noite sem fim
De súbito ouvi uma música clássica e nostálgica
Que falava de uma alma que parecia ser a minha.
Um cigarro acendi
E a fumaça se perdia como o meu pensamento
Que não tinha quem lamentar
A não ser aos versos vivendo dentro de mim
A se manifestarem.
E meu EGO se expandia como um grito de terror:
Ou era a música que ouvia, ou o silêncio da noite
Que me jogava à toa na solidão
Sem ter de ninguém o amor.
Bebi, bebi tanto,
Até deixar que saísse do meu pensamento a criatura que amo.
Bebi, bebi demais
E não sei dizer como passei a noite.
Eu só sei dizer que no dia seguinte,
O meu cinzeiro estava cheio de cinzas
As garrafas vazias
E uma caneta sobre um poema.
Índice – Edição VI
2. Poesia: “Teia”, de Veronica Cunha
3. Reportagem: Uma quase princesa na Baixada: a história da Condessa de Iguaçu
4. Galeria: Sallis – lambe-lambe
5. Reportagem: Privatização dos serviços da Cedae: 6 perguntas sobre os impactos na Baixada
6. Poesia: “Recordando”, de Lírian Tabosa
7. Entrevista: Um papo com Lírian Tabosa
8. Poesia: “A santa hipocrisia”, de Lírian Tabosa
9. Reportagem: Uma vitrine para empreendedores culturais: Rede Cultural de Duque de Caxias
10. Galeria: Antonio Dourado – fotografia
11. Reportagem: Seis cidades da Baixada não elegeram vereadoras em 2020
12. Poesia: “Museu Nacional”, de Nice Neves
13. Conto: “Tempestade”, de Anna Diamante
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